Papel Cult

Melhores discos de 2015

qa3xn5odhh.jpg

A elaboração da lista segue o mesmo modelo dos anos anteriores: do top 100, escrevo um breve comentário sobre os 10 primeiros colocados, depois disso listo (sem enumerar) os discos que ainda considero bons ou acima da média – o que depende, obviamente, das notas que constam ao lado de cada título.

Posteriormente, faço uma lista de EPs, igualmente limitada ao número 100. Como de costume, as minhas listas não são definitivas, pois não trato crítica como sentença; então, assim como posso ao longo dos próximos anos continuar adicionando novos álbuns, também posso retirá-los em outras revisitações, atualizando-a constantemente.

Nota¹: se por algum motivo ambas as listas não atingirem o número 100, elas ficarão com uma advertência até que isso ocorra gradativamente, sendo atualizadas regularmente.

Nota²: esta lista consta, excepcionalmente, com mais textos para os primeiros colocados, diferente das listas anteriores, por conta da adição de novos álbuns à lista posteriormente ela ser publicada.

Devidamente informados, fiquem com a lista:

a1292608623_10

15. United Bible Studies – So As to Preserve the Mystery

Título e capa ajudam a sustentar o clima alegórico que o álbum cria, uma sedutora névoa de delicadeza e abismo, uma escuridão por vezes quase que impenetrável. Nos dizeres de So As to Preserve the Mystery, a atmosfera se protege em uma aura cômoda e convidativa, um sentimento que está presente em praticamente todos os trabalhos do prolífico grupo United Bible Studies. Só este ano, por exemplo, o grupo lançou 3 álbuns de estúdio, sendo este o melhor deles.

Sempre seguindo uma fórmula que se tornou característica da banda, isso ao longo de sua extensa discografia, So As to Preserve the Mystery se constrói em belíssimas e enigmáticas tomadas folk psicodélicas, apoiadas em uma textura drone celestial, projetando sob uma força irretocável. O que escutamos aqui, como o próprio título conduz, é a preservação do mistério, a cautela de toda a beleza que existe em admirar o desconhecido.

0

14. Manose – Call Within

[Álbum adicionado em recente atualização da lista, o texto será publicado assim que possível]

Max-Richter-From-Sleep

13. Max Richter – From Sleep

A versão condensada do interminável álbum-conceito Sleep, com bem menos do que as 8 e exageradas horas de duração do seu modelo original, acaba se saindo imensamente melhor e mais provocante do que o resultado original da epopeia sonífera que Richter quis, a princípio, propor em sua ideia megalômana. From Sleep talvez se consolide, com o passar dos anos, como a obra-prima que o compositor alemão muito provavelmente não conseguirá repetir ao longo de sua carreira.

Max pode (ainda) não ter o devido apreço no âmbito da música clássica, o que na verdade é algo bastante natural, e que ocorre frequentemente com músicos contemporâneos não dispostos a seguir a cartilha da chancela crítica, essa que na realidade pouco diz, de fato, o que importa na música. Até ontem eu talvez compartilhasse do mesmo pensamento, não com o mesmo intuito, mas sob o estigma de que Max seria um compositor limitado aos cacoetes de uma versão domesticada de sua vertente. From Sleep pode surgir como um apogeu efêmero, é verdade, mas também como um marco transitório de novas ideias, uma resposta diferente à pré-imagem que ficou construída em seus primeiros discos.

Richter criou uma obra à parte em sua discografia, um intervalo de serenidade e temperança, tão delicado e sublime que, na melhor das hipóteses, pode redefinir os contornos do próprio compositor.

a1359413125_10

12. nothing,nowhere. – the nothing​,​nowhere. lp

emo foi um movimento curioso, se a cena noventista conseguiu conquistar certo apreço de público e crítica, a cena dos anos 2000 ainda luta para ser minimamente bem vista. Esses últimos três anos, de 2015 até 2018, construíram uma espécie de movimento importante, no que parecia ser apenas um revival do último motim adolescente que tivemos no mundo da música, e que via nas suas letras sentimentais (e sem medo de soar cringe ao quadrado, como todo jovem) um resquício da saudosa insatisfação teenage riot presente no já não tão juvenil grunge.

Se o grunge teve na morte de seu grande líder o desânimo completo de uma geração que passou a se sentir órfão de significados, e no resultado disso assumiu contornos cada vez mais distintos de sua essência – afinal, o que seria o pós-grunge se não a própria negação e faturamento em cima desse término? Pois o emo rap talvez esteja vivendo o seu momento de maior impasse até agora com as mortes de Lil Peep e XXXtentacion, e é possível identificar isso nesse álbum de estreia do rapper americano Nothing, Nowhere comparando com seu último álbum (Ruiner, lançado esse ano). Tudo aqui, apesar dos temas comuns à sua jovialidade e excessos dramáticos, soa naturalmente ingênuo, mas lindamente honesto e sensível, com um frescor raro de se identificar.

Só o tempo dirá os rumos que o emo rap (e o próprio Nothing, Nowhere) tomarão na vida, e o que acontecerá em tempos de tamanha efemeridade. De qualquer forma, a partir desse álbum, já temos mais um belo registro do que representa a finitude adolescente, seus dramas e dúvidas, e de como mudamos e lamentamos quando tudo isso acaba.

R-7039344-1432296232-5299.jpeg

11. Efrén López – El Fill del Llop

Um disco extremamente técnico e bem construído, o que pode gerar uma certa frieza em seu julgamento superficial. Por isso mesmo, trata-se de uma obra forte, que vai se desconstruindo melhor no decorrer das audições, numa entrega em completa devoção, nas nuances, pequenos detalhes e mistérios que vão se revelando melhor em cada camada cultural esmiuçada: rostos, povos e etnias entrelaçados em revestimentos.

No fim, é um trabalho que depende muito da percepção de cada ouvinte, de sua capacidade de entrega em diferentes momentos. El Fill del Llop é como um fruto sensível, exótico, delicado em sua beleza atípica, que se estabelece num estudo de simetria formidável e palpável. Efrén estabelece uma obra em caráter técnico e instrutivo, onde o sentimento se realça melhor nos detalhamentos, na percepção lírica de sua variação de cores, texturas e ritmos que dialogam tão profundamente com o mundo repleto de graça e harmonia, apesar de seus contrastes inevitáveis.

a3885685112_10

10. Komara – Komara

Debut homônimo daquele que as pequenas publicações já começam a tratar como um supergrupo, muito embora não seja lá tão “supergrupo” assim. O que o trio de músicos (Pat Mastelotto, David Kollar e Paolo Raineri) nos entrega aqui, sob uma blindagem clássica e impetuosa, mas ciente dos novos anseios presentes no rock progressivo, representa um espécime raro, sobrevivente de uma era moderna e cruel com seus precedentes, um período que exige, acima de tudo dos baluartes da música, algo que, muitas vezes, não sabem mais como conduzir fora de seu espetáculo particular.

Utilizando-se de uma maquinaria potente, um regimento quase que anti-humano, animalesco e vociferante, o trio se esquiva com sua excentricidade e fúria impetuosas. Desde já um clássico moderno, Komara sentencia o que há de mais soberano nos anseios do atual rock progressivo, da nova música experimental, um álbum onde a música gera o que há de mais extraordinário e fascinante em sua concepção atípica, em sua beleza deformada e incomum. Talvez seja uma obra que modifique você de diferentes maneiras, só lembre-se de, ao término, recolher os estilhaços de cérebro que ficarão espalhados pelo caminho.

[Texto adaptado do original, publicado em agosto deste ano]

a0926359193_10

9. Revolutionary Army of the Infant Jesus – Beauty Will Save the World

Certamente o melhor comeback do ano, ainda que tenha passado de modo um tanto quanto tímido pelas grandes publicações. Mais de 20 anos se passaram desde o último lançamento do Revolutionary Army of the Infant Jesus (Mirror, de 1991), Beauty Will Save the World representa um retorno cercado de expectativas pelos fãs depois de apenas dois (ótimos) álbuns de estúdio lançados.

Sob uma estética semelhante a do United Bible Studies, os ingleses exploram o aspecto imaterial da música, o seu lado belo e espiritual – o que hoje me parece o ato mais revolucionário possível. O RAIJ trabalha aqui essa eterna busca do homem em atingir a beleza divina, a representação daquilo que é sublime. Apoiada na frase que se eternizou nas palavras do escritor russo Dostoiévski, em seu romance O idiota (1869), os integrantes do Revolutionary Army criam um ato de rebeldia em resistência pacífica.

a0981953191_10

8. Felix Laband – Deaf Safari

Demorei um pouquinho pra notar a profundidade desse disco, o que ocorreu melhor em novas audições. Como bem resumido em uma das redes sociais que frequento sobre música, esse talvez seja o álbum de 2015 que melhor represente um futuro próximo. Não trata-se de um futuro como costumamos idealizar, cyber-punk, sob ares de ficção científica, num turbilhão tecnológico ou na imagem anti-evolutiva da própria arte, como se estivéssemos regredindo aos tempos pré-históricos, em modelos acadêmicos, batidinhas e barulhinhos rupestres, agora produzidos por máquinas.

Não, definitivamente não. Deaf Safari é um pouco mais hermético e inventivo, o seu conceito de música-futuro está na relação do homem e o desconhecido, enquanto invenção e criatividade através deste vínculo. Nas longas passagens, com falas e discursos eufóricos, pregações diante do obscuro, Felix Laband retrata toda a graça desse elo, sendo um futuro distinto, melhor compreendido e encarnado pelos olhares humanos.

a0662020444_10

7. Stara Rzeka – Zamknęły się oczy ziemi

Superior até mesmo ao seu debut, o também ótimo Cień chmury nad ukrytym polem, lançado em 2013. Zamknęły się oczy ziemi consegue se sobressair pela performance muito mais violenta e contagiante que o álbum anterior. Se o disco de 2013 apostava mais no envolvimento, tão somente, pelo aspecto atmosférico, sensorial, o mais recente lançamento de Stara chega, até mesmo, a transmitir uma percepção e impacto quase que físicos, tamanha sua força.

Sem qualquer tipo de introdução prévia, ou comedimento por parte de Stara, Zamknęły się oczy ziemi abre de modo arrebatador, sem avisos e rodeios, uma pancada que já pode muito bem ilustrar o futuro que o músico provavelmente pretende seguir. O álbum, depois de uma apresentação enérgica, vai gradativamente se diluindo em situações vaporosas, criando um espaço aéreo de descanso que aos poucos toma conta de todo o ambiente.

00028947949749-cover-zoom

6. Trifonov – Rachmaninov Variations

Uma performance sobre-humana do jovem pianista Daniil Trifonov, um desempenho primoroso do concerto e conjunto de variações de Rachmaninoff, em ordem de execução: Rhapsody on a Theme of Paganini, Op.43Variations on a Theme of Chopin, Op.22 e, por último, Variations on a Theme of Corelli, Op.42.

Não é novidade alguma que as composições de Rachmaninoff possuem um alto grau de dificuldade, não é à toa, por exemplo, que em vida, o próprio compositor ficou conhecido por interpretar as próprias obras. No entanto, Trifonov engana com sua jovialidade, executa as peças de piano de modo sublime, não se resumindo apenas ao prisma técnico e correto de sua performance, o que já é característica da própria obra de Sergei, mas sim as entregando sob um envoltório de primor e cortesia que, no fim, é o maior desafio de todos.

igor

5. Igor Levit ‎– Bach, Beethoven, Rzewski

Outra performance incrível, mas o que encontramos aqui, apesar da destreza igualmente técnica e semelhante a de Daniil Trifonov, se relaciona melhor com o romantismo de um poderoso tríptico de variações, sendo esse trio dois dos maiores nomes do período clássico. A agilidade de dedos e notas de Rachmaninoff dão lugar ao ânimo e comoção das composições de Bach, Beethoven e Rzewski.

Igor Levit as executa com uma sensibilidade exemplar, existe todo um sentimento aqui que me parece impossível de torná-lo impessoal ou distante de qualquer identificação, é  a solidez de um desempenho cristalino, imerso em suavidade e destreza emocional. O compromisso de Levit é executado de modo tão vívido, mas tão intenso e estonteante, que a sensação é a de presenciar o último e melhor espetáculo do mundo.

black-ryder-door-behind-door-14813

4. The Black Ryder – The Door Behind the Door

Um disco que não dá pra entender muito bem como foi tão esnobado pelas grandes publicações, The Door Behind the Door talvez seja um dos poucos álbuns, nos últimos anos, a soar como algo próximo do que o Mazzy Star fazia na década de 90, isso aliado a uma espécie de neo-psicodelismo bem semelhante aos tempos áureos da banda inglesa Spiritualized.

Segundo trabalho de estúdio de um duo australiano, The Door Behind the Door certamente é o compêndio de canções mais encantador que escutei em 2015. É curioso notar como o grupo não agradou tanto por uma suposta falta de personalidade, quando o mesmo ressuscita elementos básicos da cena alternativa e os utiliza apenas como aditivo, diferindo de grande parte das bandas do gênero. Impossível não ficar imerso nos 12 minutos finais de um abraço tão acolhedor como The Final Sleep.

a1612211429_10

3. OKADA – Impermanence

[Álbum adicionado em recente atualização da lista, o texto será publicado assim que possível]

2481_4PAN_GATEFOLD_WALLET

2. Boduf Songs – Stench of Exist

Toda vez que releio Passagem das Horas (Álvaro de Campos) sinto como se estivesse ali, naquele pequeno fragmento de assombro em palavras, o melhor depoimento poético a respeito do dilema que existe entre ser humano, e o mistério de sua concepção. Eu gosto do modo como se constrói uma espécie de desabafo sem mágoas, um vislumbre diante do enigma da vida, sua complexidade e imponência à procura de respostas. O que existe no poema de Álvaro muito mais se assemelha a um ato de redenção, um sacrifício próprio em reconhecimento da banalidade humana, uma total entrega defronte a beleza, a graça que tanto assusta e fascina, mas nunca se neutraliza.

Stench of Exist também me passa esse sentimento profano de espanto com o sublime, é uma batalha contínua contra a realidade material, para utilizar palavras do próprio criador da obra. Mat Sweet se entrega de imediato em lamento, em desespero completo já na segunda faixa do álbum. Curiosamente, o monólogo existencial de Mat parece buscar atribuir uma natureza extinta ao seu conteúdo, um caráter hediondo à existência no perfume de flores mortas e falsa linguagem, algo que obviamente não condiz com o espírito existente na exposição do disco. A sensação que tenho é a de uma pequena desobediência em respeito à vida, um lembrete para se manter distante, mas ciente e sensível ao que é obscuro, fechando os olhos (ainda que brevemente) à essência de tudo aquilo que seduz, e que muitas vezes parece conquistar da forma mais arrebatadora.

0005191633_10

1. Zachariah Holte – The History of Flesh

Pré-rejeição

A vida na arte não é a vida. O que busco na arte, também não é o que busco na vida. O meu esforço no julgar e apreciar arte (neste caso a música) é de procurar exatamente o confronto estético, num jogo fácil explicativo de Ad Reinhardt e sua simples concepção artística. Por mais que não seja 100% adepto, o que mais me encanta na arte é justamente a capacidade de provocar, e vejo nisso um ato extremamente confuso e de difícil elaboração. Existem inúmeras possibilidades de, digamos… desqualificar um campo pequeno de propostas e atrevimentos; ora, a arte não tem pudor, ela já nasce apenas com escrúpulos. Entendo quem procura na arte um reflexo do belo divino. Eu também procuro. Mas a arte extrema, a plenitude, essa reside na dualidade: na busca da beleza divina, e, também, no seu completo oposto, no contraste, no desamor, na beleza contraditória. Na feiura.

Nesta lista, por exemplo, existem vários modelos de obras que se aproximam e buscam uma beleza divina. O real problema, no entanto, é que a tarefa me parece muito mais complicada sob a representação do seu campo avesso, no negrume, na anti-beleza, no anti-amor. Sua condição comum, e sublime, me parece muito mais fácil; é a negação do que, por si só, já é gracioso. Por isso, encaro a capacidade da arte em propiciar os elementos à face obscura, e consequentemente da realidade, como um método contra-divino, contra-belo, mas que ainda assim busca esse método pela própria negação. Trata-se de um comportamento semelhante a de alguém que nega a existência divina, ou a odeia, quando, em sua concepção, inexiste. É um jogo implacável onde tudo conduz ao eterno e gracioso, e é isso que faz da arte um ato humano único e formidável.

Primeira rejeição

Zachariah Holte é um belo exemplo disso, talvez a sua obra não fizesse tanto efeito fora do âmbito musical, poderia até mesmo me causar repulsa; no entanto, é precisamente a junção do desespero intrínseco, do atrevimento à sua própria versão de mundanidade, de suplício, que o faz tão forte e igualmente repugnante. Holte se despe por completo: arte e realidade, carne e espirito. O que escutamos em History of Flesh é uma obra íntima e erótica, acima de tudo dramática. Um discurso de tortura que, ainda assim, fora recebido com fantasias e gracejos de pós-ironia. Não acho errado procurar na tristeza um meio termo entre a felicidade e a melancolia, ainda que consiga enxergar na completa desesperança uma sedução muito mais intensa e desafiadora, um amargo dissabor que nenhuma outra obra possui. Afinal, o homem descobre na angústia o seu real significado.

E o lamento de Holte é um lamento enraivecido, por mais que a sua violência me pareça um sentimento módico, que se disfarça em alta educação estética, no encanto e potência de sua performance; ora sendo apenas músico e piano, ora apenas passeando pelo mistério do homem e sua voz. O primórdio, a gênese artística. Nada além disso: a música a partir da não-existência, do seu instrumento condicionado, do discurso. História da carne, como o título conduz. O lamento humano em sua força bruta. Puro, sem intermédios.

Zachariah Holte pode parecer repulsivo ao ouvinte, na tentativa de removê-lo do centro, ele definitivamente quer rejeitar o espectador de alguma forma, para que então possa expor a sua real sentença. Isso me parece evidente, e de duas formas, de dois modos rasteiros em um método de sedução incômodo e autodestrutivo.

A obra surge, somos atraídos pela suposta piada, pelo possível gracejo disfarçado de malícia. Encontramos a decepção, seguimos em frente. Segundo ato, segunda investida, a surpresa revela-se séria. O corpo caricato já não existe mais, ele está jogado no chão, agonizando. A fantasia é ilusória. Até a sua metade do álbum me parece inevitável sucumbir ao monólogo suicida de Zachariah, no murmúrio de um ser por detrás da maquiagem, que se denuncia aos poucos. O véu de rebeldia e comédia acaba revelando-se o mais profundo envoltório de sofrimento e tristeza.

Segunda e última rejeição

Descobrimos então a segunda e última rejeição, no terceiro ato: a seriedade, o estorvo empático. O reconhecimento da agonia de Zacharian é, em si, um ato de tortura, não de compaixão. “Nós somos bonitos, nós somos bonitos”, assim ele termina o prólogo de sua obra. Uma afirmativa, certamente, que percorre todo o disco até o seu ultimato, afinal é a imagem que fica, a que vale, por mais que toda a beleza seja apenas um retrato da sensação de solidão em um corpo despido e assustadoramente fragilizado.

[Texto adaptado do original, publicado em julho deste ano]

[Top 100 com a capa dos discos]

___________

Top 100

  1. Zachariah Holte – The History of Flesh (9.5)
  2. Boduf Songs – Stench of Exist (9.5)
  3. OKADA – Impermanence (9.5)
  4. The Black Ryder – The Door Behind the Door (9.5)
  5. Igor Levit ‎– Bach, Beethoven, Rzewski (9.5)
  6. The Philadelphia Orchestra, Nézet-Séguin & Trifonov – Rachmaninov Variations (9.5)
  7. Stara Rzeka – Zamknęły się oczy ziemi (9.5)
  8. Felix Laband – Deaf Safari (9.0)
  9. The Revolutionary Army of the Infant Jesus – Beauty Will Save the World (9.0)
  10. Komara – Komara (9.0)
  11. Efrén López – El Fill del Llop (9.0)
  12. nothing,nowhere. – the nothing,nowhere. lp (9.0)
  13. Max Richter – From Sleep (9.0)
  14. Manose – Call Within (9.0)
  15. United Bible Studies – So As to Preserve the Mystery (8.9)
  16. Joseph Tawadros – Truth Seekers, Lovers & Warriors (8.9)
  17. Anonymous 4 & Bruce Molsky – 1865: Songs of Hope and Home from the American Civil War (8.8)
  18. Prurient – Frozen Niagara Falls (8.8)
  19. Lil Ugly Mane – Third Side of Tape (8.8)
  20. Florian Fricke / Popol Vuh – Kailash (8.8)
  21. Tengil – Six (8.8)
  22. World’s End Girlfriend & Vampillia – Voices of Days Past (8.8)
  23. Tigran Hamasyan – Luys i Luso (8.8)
  24. United Bible Studies – The Ale’s What Cures Ye: Traditional Songs from the British Isles – Vol. 1 (8.8)
  25. Orchestre National de Jazz – Europa Berlin (8.7)
  26. Kremerata Baltica / Gidon Kremer – New Seasons (8.7)
  27. Mastery – VALIS (8.5)
  28. nothing,nowhere. – Bummer – 8.5
  29. Dependence – Holding on When Moving On (8.5)
  30. Mass Hysteria – Matière noire (8.5)
  31. Natural Snow Buildings – The Ladder (8.5)
  32. Ministry – Toronto 1986 (8.5)
  33. My Dead Girlfriend – Hades the Nine Stages of Change at the Deceased Remains (8.5)
  34. Oneirogen – Plenitude (8.5)
  35. Jac Berrocal / David Fenech / Vincent Epplay – Antigravity (8.5)
  36. The Pop Group – Citizen Zombie (8.5)
  37. Them Are Us Too – Remain (8.5)
  38. Zachariah Holte – Press/Promotional (8.5)
  39. AKKU Quintet – Molecules (8.5)
  40. Zs – Xe (8.5)
  41. Roger Waters – The Wall (8.5)
  42. United Bible Studies – Soregh, Murne & Fast (8.5)
  43. Schnellertollermeier – X (8.5)
  44. Mazzy Star – Ghost Highway (8.5)
  45. Lil Peep – Lil Peep Part One (8.5)
  46. Liturgy – The Ark Work (8.0)
  47. Tame Impala – Currents (8.0)
  48. Metzengerstein – Alchemy to Our Days (8.0)
  49. Anders Jormin / Lena Willemark / Karin Nakagawa – Trees of Light (8.0)
  50. BONES – Powder (8.0)
  51. The Jesus and Mary Chain – Barrowlands Live (8.0)
  52. Elvis Presley with The Royal Philharmonic Orchestra – If I Can Dream (8.0)
  53. Tropic of Cancer – Stop Suffering (8.0)
  54. Checkpoint 303 – The Iqrit Files (8.0)
  55. Tigran Hamasyan – Mockroot (7.9)
  56. Mario Diaz de León – The Soul is the Arena (7.9)
  57. The Weeknd – Beauty Behind The Madness (7.9)
  58. Nmesh – GOD?AWFUL (7.9)
  59. Iron & Wine – Archive Series Volume No. 1 (7.9)
  60. Kamasi Washington – The Epic (7.9)
  61. John Zorn – The True Discoveries of Witches and Demons (7.9)
  62. Siri Karlsson – The Lost Colony (7.9)
  63. Drenge – Undertow (7.9)
  64. Ibrahim Maalouf – Kalthoum (7.9)
  65. Ricercar Consort – Musikalisches Opfer (7.9)
  66. Joanna Newsom – Divers (7.9)
  67. Intestinal Disgorge – Lurking in the Void Between Dreams (7.9)
  68. The Chemical Brothers – Born in the Echoes (7.9)
  69. Drake – If You’re Reading This It’s Too Late (7.9)
  70. Gudicarmas – Dharma (7.9)
  71. Fabiano do Nascimento – Dança dos tempos (7.9)
  72. Statues – Together We’re Alone (7.8)
  73. Ensemble Economique – Blossoms in Red (7.8)
  74. Gnod – Infinity Machines (7.8)
  75. IC3PEAK – IC3PEAK (7.8)
  76. Smashing Pumpkins – Bruised Angel Wings (7.8)
  77. Luzmila Carpio – ZZK Mixtape Vol 20 – Luzila Carpio Meets ZZK (7.8)
  78. Ilyas Ahmed – I Am All Your Own (7.8)
  79. Triste L’Hiver – Faire un Geste (7.8)
  80. Shofar – Gold of Małkinia (7.8)
  81. The White Stripes – Under Amazonian Lights (7.8)
  82. Soft Machine – Switzerland 1974 (7.8)
  83. Jay Campbell / Michael Nicolas / Tyshawn Sorey / Stephen Gosling / Chris Otto – Hen to Pan (7.8)
  84. Maya Fridman & Daniël Kool – The Invisible Link (7.8)
  85. Ryuichi Sakamoto, Alva Noto & Bryce Dessner ‎– The Revenant – The Revenant (7.8)
  86. Lingering Last Drops – Waterstains (7.8)
  87. Vespero – Fitful Slumber until 5 A.M. (7.7)
  88. Avishai Cohen Trio – From Darkness (7.7)
  89. Downfall of Nur – Umbras de Barbagia (7.7)
  90. Kronos Quartet – Tundra Songs (7.7)
  91. Savina Yannatou & Primavera en Salonico – Songs of Thessaloniki (7.7)
  92. Cohol – Rigen (7.7)
  93. Guapo – Obscure Knowledge (7.7)
  94. Young Knives – Something Awful (7.7)
  95. Holly Herndon – Platform (7.7)
  96. Wolfshade – Solipsisme (7.7)
  97. Acid Mothers Temple & The Melting Paraiso U.F.O. – Benzaiten (7.7)
  98. Ultrademon – Pirate Utopias (7.7)
  99. Irfan – The Eternal Return (7.7)
  100. Thy Catafalque – Sgùrr (7.7)

__________

Menções honrosas

The Black Heart Rebellion – People, When You See the Smoke, Do Not Think it is Fields They’re Burning (7.7)

Angélique Ionatos – Reste la lumière – ΜΕΝΕΙ ΤΟ ΦΩΣ (7.7)

Ellie Goulding – Delirium (7.7)

Richard Moult – Last Night I Dreamt of Hibrihteselle (7.7)

Peter Brötzmann, Keiji Haino & Jim O’Rourke – Two City Blues 1 (7.7)

Cobla Sant Jordi Ciutat de Barcelona – La dansa dels modernistes (7.7)

Ava Rocha – Ava Patrya Yndia Yracema (7.7)

Maria Schneider – The Thompson Fields (7.6)

London Philharmonic Orchestra / Andrey Boreyko – Symphony No. 4 (Tansman Episodes) (7.6)

Grigory Sokolov – The Salzburg Recital (7.6)

Colin Stetson & Sarah Neufeld – Never Were the Way She Was (7.5)

William Basinski – The Deluge Live at Issue Project Room (7.5)

Jakob Bro, Thomas Morgan & Jon Christensen – Gefion (7.5)

Lustre – Blossom (7.5)

Kuniko – Xenakis IX (7.5)

Niyaz – The Fourth Light (7.5)

Shye Ben Tzur, Jonny Greenwood and the Rajasthan Express – Junun (7.5)

Merzbow, Gustafsson, Pandi, Moore – Cuts Of Guilt, Cuts Deeper (7.5)

Yundi Li – Preludes (7.5)

Muse – Drones (7.5)

The Gazette – Dogma (7.5)

Divlja Grupa – Ritmu Tam-Tam (7.5)

36 – Pulse Dive (7.5)

Acrania – Fearless (7.5)

TCF – 85 CE 86 EE 4B B1 72 9B 0A AD 15 46 47 33 2C 30 (7.5)

World’s End Girlfriend Quartet – Song to the Siren – Live 3.11 – (7.5)

Nurse with Wound – Mutation: the Lunatics Are Running the Asylum (7.5)

Ensemble Signal & Brad Lubman – Music for 18 Musicians (7.5)

Qual – Sable (7.5)

Daniel Romano – If I’ve Only One Time Askin’ (7.5)

David Gilmour – Rattle That Lock (7.5)

Swans – The Gate (7.5)

Max Richter – Sleep (7.5)

Goldmund – Sometimes (7.5)

Advent Sorrow – As All Light Leaves Her (7.5)

surrenderdorothy – itsthethoughtthatcounts (7.5)

Batushka – Litourgiya (7.5)

Bones – HermitOfEastGrandRiver (7.5)

Matt Haimovitz – J.S. Bach: The Cello Suites – According to Anna Magdalena (7.5)

Conrad Sewell – All I Know (7.5)

William Fitzsimmons – Pittsburgh (7.5)

$uicideboy$ – I No Longer Fear the Razor Guarding My Heel (7.5)

Praxis – Sound Virus (7.5)

Gedanken toten Lebens – Gedanken toten Lebens (7.5)

Juçara Marçal, Thomas Harres & Kiko Dinucci – Abismu (7.5)

Violeta Päivänkakkara – Melodia (7.5)

Emika – Drei (7.5)

Celestial Trax – Vaxxilate (7.5)

Filii Belial – MMXV (7.5)

Floema – Ishtar (7.5)

Takács Quartet/Marc-André Hamelin – Piano Quintet; String Quartet No 2 (7.5)

Desatino – Entreguerras (7.4)

Frank Zappa – Dance Me This (7.4)

Lebanon Hanover – Besides the Abyss (7.4)

Disasterpeace – It Follows (7.4)

Geyser Bastion (deceased) – Humble Cannons (7.4)

Uroboros – Deiphagomega (7.4)

Birds in Row – Personal War (7.4)

Christian Scott aTunde Adjuah – Stretch Music (7.4)

Seijaku – Last Live (7.4)

Jefre Cantu-Ledesma – A Year With 13 Moons (7.3)

King Crimson – Live At the Orpheum (7.3)

East India Youth – Culture of Volume (7.3)

Róisín Murphy – Hairless Toys (7.3)

Dawn Richard – Blackheart (7.3)

Gavin Harrison – Cheating the Polygraph (7.3)

Unknown Mortal Orchestra – Multi-Love (7.3)

Trupe Chá de Boldo – Presente (7.3)

Logn – Í sporum annarra (7.3)

Jessika Kenney – Atria (7.2)

Travi$ Scott – Rodeo (7.2)

Takács Quartet – String Quartets (7.2)

Kendrick Lamar – To Pimp a Butterfly (7.0)

Melechesh – Enki (7.0)

Lightning Bolt – Fantasy Empire (7.0)

Death Cab for Cutie – Kintsugi (7.0)

Leonid Fedorov, Vladimir Martynov, Vladimir Volkov, Tatjana Grindenko & Opus Posth – Элегия (7.0)

Seirom – Mesmerized (7.0)

Meek Mill – Dreams Worth More Than Money (7.0)

Mouse On The Keys – The Flowers Of Romance (7.0)

Carly Rae Jepsen – Emotion (7.0)

Lil Ugly Mane – Oblivion Access (7.0)

Petre Inspirescu – Vin Ploile (7.0)

New Order – Music Complete (7.0)

Satanique Samba Trio – Mó bad (7.0)

Jonny Nash – Exit Strategies (7.0)

Install a Friend – Absolute Madness: a Meme Symphony (7.0)

Elza Soares – A mulher do fim do mundo (7.0)

Dead Limbs – Lighthouse (7.0)

Lolina – RELAXIN’ With Lolina (7.0)

Danny L Harle – Broken Flowers (7.0)

Milton Nascimento & Dudu Lima Trio ‎– Tamarear (7.0)

DJ Atila do Complexo – Sequencia 30 minutos de proibidão do Comando Vermelho ♫ (CV 2015) (7.0)

Muse – Psycho Tour (7.0)

Muse – Live at Köln (7.0)

Chris Potter Underground Orchestra – Imaginary Cities (6.9)

Disappears – Irreal (6.9)

Ricardo Donoso – Saravá Exu (6.9)

Nicolas Jaar – Pomegranates (6.9)

Viet Cong – Viet Cong (6.9)

Pusha T – King Push Darkest Before Dawn: The Prelude (6.9)

Sierść – Sierść Sierść Sierść (6.9)

Discordian Community Ensemble – Draught, Suspicion (6.9)

Bill Fay – Who Is The Sender (6.9)

Lechuga Zafiro & Pobvio – Salviatek Mix 1 (6.9)

Andrew Bird – Echolocations: Canyon (6.9)

Rafael Anton Irisarri – Will Her Heart Burn Anymore (6.9)

Ólafur Arnalds – Broadchurch (6.9)

Health – Death Magic (6.9)

Snöhamn – Stjärnvandra (6.9)

Clark – Flame Rave (6.9)

Lupe Fiasco – Tetsuo and Youth (6.9)

Holly Herndon – Minnesang: A Tale of Bits And Atoms (6.9)

Britten Sinfonia & Thomas Gould – Goldberg Variations (6.9)

Wilco – Star Wars (6.9)

Jamie xx – In Colour (6.9)

Gift Giver – Shitlife (6.9)

Ólafur Arnalds & Alice Sara Ott – The Chopin Project (6.9)

Basarabian Hills – Enveloped In The Velvet Cloak Of Midnight (6.9)

Dødheimsgard – A Umbra Omega (6.9)

Mauro Sambo & Laure Keyrouz – Prima sfiora la montagna… (6.9)

The Inward Circles – Belated Movements for an Unsanctioned Exhumation August 1st 1984 (6.9)

MazzSacre – + (6.9)

Breznev Fun Club – Il Misantropo Felice (6.9)

Feral – Relay (6.9)

EZTV – Calling Out (6.9)

Tolgahan Çogulu & Sinan Cem Eroglu – Microtonal Guitar Duo (6.9)

Ultrademon – Durian Rider (6.9)

Pharis & Jason Romero – A Wanderer I’ll Stay (6.9)

Natural Snow Buildings – Terror’s Horns (6.9)

Anna Caragnano & Donato Dozzy – Sintetizzatrice (6.9)

Buckethead – Sideway Streets (6.9)

Floating Points – Elaenia (6.9)

Heinali – A Wave Crashes (6.9)

Ruptured Birth – Arachni Supremacy (6.9)

Flying Saucer Attack – Instrumentals 2015 (6.9)

Paolo Spaccamonti – Rumors (6.9)

Communions – Communions (6.9)

Symphony X – Underworld (6.9)

Hadean – On Fading (6.9)

We Watch Clouds – Unclassified (6.9)

Drohtnung – In Dolorous Sights (6.9)

Neurocore – The Magellan Chronicles (6.9)

The New Division – Gemini (6.9)

Brannten Schnüre – Sommer Im Pfirschhain (6.9)

Feijão Coletivo – Feijão coletivo (6.9)

Pyrrhon – Growth Without End (6.9)

GFOTY – Cake Mix (6.9)

Shining – IX Everyone, Everything, Everywhere, Ends (6.9)

Låpsley – Understudy (6.9)

Lewis – Hawaiian Breeze (6.9)

Chaos Echœs – Transient (6.9)

Moon in June – Age of Trust (6.9)

Atomization & Rot in Space – Orbital Bombardment (6.9)

Bones – SoThereWeStood (6.9)

The New Division – Eyes (6.9)

Jaloo – #1 (6.9)

Ne Obliviscaris – Sarabande To Nihil (6.9)

Descartes – Ensaio (6.9)

Duda Brack – É (6.9)

Allie X – CollXtion I (6.9)

Ni – Les insurgés de Romilly (6.9)

Cuushe – Night Lines (6.9)

Cheatahs – Murasaki (6.9)

Sevdaliza – Children of Silk (6.9)

Forndom – Flykt (6.9)

Allie X – Catch (6.9)

Fjordne – Moonlit Invocations (6.9)

Post War Glamour Girls – Feeling Strange (6.9)

No Form – No Form (6.9)

Tim Buckley – Newport ’68 (6.9)

Teeth of the Sea – Highly Deadly Black Tarantula (6.9)

Iron & Wine – Archive Series Volume No. 2 (6.9)

The Furrow Collective – Blow Out the Moon (6.9)

Shadow Age – Silaluk (6.9)

Alameda 5 – Duch tornada (6.9)

Jeremy Young & Aaron Martin – A Pulse Passes from Hand to Hand (6.9)

Charming Timur – For The Duration Of Psychiatric Treatment (6.9)

Psychedelic Ensemble – Takes a Nap During a B-movie (6.9)

Wet Petals – Wet Petals (II) (6.9)

Chelsea Wolfe – Abyss (6.9)

Janne Westerlund – Marshland (6.9)

Yasunori Mitsuda – To Far Away Times: Chrono Trigger & Chrono Cross Arrangement Album (6.9)

Triste L’Hiver – Nouveau décret (6.9)

Jack O’ the Clock – Outsider Songs (6.9)

Bologna Violenta/Dogs For Breakfast – BV/DFB Split (6.9)

easyFun – Deep Trouble (6.9)

A Forest of Stars – Beware The Sword You Cannot See (6.9)

Celestial Trax – Ride or Die (6.9)

36 – Sine Dust (6.9)

The Vaccines – English Graffiti (6.9)

Bob Moses – Days Gone By (6.9)

Idaho – The Broadcast of Disease (6.9)

Kekal – Multilateral (6.9)

Suuns and Jerusalem in My Heart – Suuns and Jerusalem in My Heart (6.9)

Laurie Anderson – Heart of a Dog (6.9)

In Media Res – Triginta Septem (6.9)

In Media Res – Quindecim (6.9)

BBC Symphony Orchestra, Netherlands Radio Philharmonic & Pierre-André Valade – Le partage des eaux; Contes cruels; Sillages (6.9)

Coil – Backwards (6.9)

Nick Cave and Warren Ellis – Far From Men (6.9)

Majical Cloudz – Are You Alone? (6.9)

Birds in Row & WAITC – Birds in Row & WAITC (6.9)

Mr One Hundred – Calypso Fugitive (6.9)

Ulaan Passerine – Light in Dust (6.9)

Los – If It All Comes Down to This I’m Not Ready (6.9)

AtOlla – Lucille (6.9)

William Basinski – The Deluge (6.9)

Tim Berne’s Snakeoil – You’ve Been Watching Me (6.9)

Tulipa Ruiz – Dancê (6.9)

Liniker – Cru (6.9)

Juçara Marçal & Cadu Tenório – Anganga (6.9)

Forró RED Light – Regional digital lumiado (6.9)

Baleia – Ao vivo no Maravilha8 (6.9)

Ainslie Wills – Oh the Gold (6.9)

Miles Davis – At Newport 1955-1975: The Bootleg Series Vol. 4 (6.9)

Esquizophanque – Trio Elétrico Fantasma (6.9)

Muslimgauze – Feel The Hiss (6.9)

The Pop Group – Versions Galore (6.9)

Blind Idiot God – Before Ever After (6.9)

Monochaotique – Perceptions & Delusions (6.9)

Teen Daze – Morning World (6.8)

Sankt Otten – Engtanz Depression (6.8)

Quintet Silsila – Desert du Thar (6.8)

White Ash – The Dark Black Groove (6.8)

Balance Interruption – Morbid Soul Shelter (6.8)

Bandit – Of Life (6.8)

Dempagumi.inc – WWDD (6.8)

Aphex Twin – Computer Controlled Acoustic Instruments Pt2 (6.8)

Iglew – Urban Myth (6.8)

Panda Bear – Panda Bear Meets the Grim Reaper (6.8)

Simon Steensland – A Farewell To Brains (6.8)

Al-Namrood – Ana Al Tughian (6.8)

/F – Micromental (6.8)

Youth Funeral – See You When I See You (6.8)

Balthazar – Thin Walls (6.8)

Steven Wilson – Hand. Cannot. Erase. (6.8)

Slivovitz – All You Can Eat (6.8)

My Sleeping Karma – Moksha (6.8)

Grimoire – L’aorasie Des Spectres Rêveurs (6.8)

Jeff Bridges – Sleeping Tapes (6.8)

Built to Spill – Untethered Moon (6.8)

Willie Nelson & Merle Haggard – Django and Jimmie (6.8)

Troyka – Ornithophobia (6.8)

Care of Night – Connected (6.8)

Alabama Shakes – Sound & Color (6.8)

Empyrium – The Mill (6.8)

Burkhard Beins, Enrico Malatesta, Michael Vorfeld, Christian Wolfarth & Ingar Zach – Glück (6.8)

Anna & Elizabeth – Anna & Elizabeth (6.8)

Vince Staples – Summertime ’06 (6.8)

Bengt Nordström, Sven-Åke Johansson & Alexander von Schlippenbach – Stockholm Connection (6.8)

Cyrax – Pictures (6.8)

Darkeater – Иней чёрного рассвета – (6.8)

Marcello Magliocchi – All in One & Duo Recital (6.8)

Hexis – MMXIV A.D. IV KAL. IVN. (6.8)

Anoice – Into The Shadows (6.8)

Nate Ruess – Grand Romantic (6.8)

Various Artists – Kung Fury (6.8)

Saintly Rows – Heaven in the Hollow (6.8)

Modest Mouse – Strangers to Ourselves (6.8)

Buffy Sainte-Marie – Power in the Blood (6.8)

Tyga – The Gold Album: 18th Dynasty (6.8)

Kuba Kapsa Ensemble – Vantdraught 10 Vol. 1, Nos 1-4 (6.8)

Hot Nerds – Strategically Placed Bananas (6.8)

Foals – What Went Down (6.8)

Low – Ones and Sixes (6.8)

Protomartyr – The Agent Intellect (6.8)

Ólafur Arnalds & Nils Frahm – Loon (6.8)

Zuriaake – Gu Yan (6.8)

Titus Andronicus – The Most Lamentable Tragedy (6.8)

Prince – HITNRUN Phase Two (6.8)

Triste L’Hiver – I am Forever Dream (6.8)

Quiet Child – If Only You Had Seen Me (6.8)

GFOTY & Spinee – Dog Food Mix 1 (6.8)

Adan Jodorowsky – Alejandro Jodorowsky’s The Dance of Reality (6.8)

Yumi Zouma – EP II (6.8)

Winter Willow – Low (6.8)

My Sad Captains – Extra Curricular (6.8)

Aden – Tanz (6.8)

Stéphanos Thomopoulos – The Piano Works (6.8)

Ricardo Donoso – Machine to Machine (6.8)

Prince & 3rd Eye Girl – HITNRUN (6.8)

Arne Huber Quartet – Pearls (6.8)

Artema – Artemate Party (6.8)

Totally Fucking Gay – Totally Fucking Gay (6.8)

Phil Thornton – Tribale (6.8)

Pekko Käppi & K:H:H:L – Sanguis meus, mama! (6.8)

The Dovetail Trio – Wing of Evening (6.8)

Arca – Mutant (6.8)

Algiers – Algiers (6.8)

Karina Buhr – Selvática (6.8)

BADBADNOTGOOD & Ghostface Killah – Sour Soul (6.8)

The Gentle Storm – The Diary (6.8)

Mas Ysa – Seraph (6.8)

Ad Nauseam – Nihil Quam Vacuitas Ordinatum Est (6.8)

Kink Gong – Tanzania (6.8)

John Zorn – The Hermetic Organ Vol. 3 St. Paul’s Hall, Huddersfield (6.8)

Surachai – Heavy Mask (6.8)

The Jimi Hendrix Experience – Freedom: Atlanta Pop Festival (6.8)

Desmadrados Soldados De Ventura – Clifton Park, NY, Vol. 2 (6.8)

Chamber Orchestra of Europe – Die Entführung aus dem Serail (6.8)

Legowelt – Anaconda Flow (6.8)

Whitesnake – The Purple Album (6.8)

The Residents – Shadowland (6.8)

Celestial Trax – Stargate (6.8)

Robert Plant – More Roar (6.8)

Soft Kill – Heresy (6.8)

Philip Jeck – Cardinal (6.8)

ALPI – Rawling (6.8)

Odraza ‎– Kir (6.8)

Different Heaven – Spanish Sikh (6.8)

Foo Fighters – Saint Cecilia (6.8)

Pere Ubu – The Pere Ubu Moon Unit (6.8)

Guerilla Toss – Flood Dosed (6.8)

Cadáver em Transe – Cadáver em transe (6.8)

Vitor Almeida Lopes – Lara Kraft (6.8)

Theoria – Vamos Desistir do Brasil (6.8)

2814 – 新しい日の誕生 (6.7)

Novelists – Souvenirs (6.7)

Gergely Devich with Mária Kovalszki – Adagio & Allegro (6.7)

Shelby Lynne – I Can’t Imagine (6.7)

Emika – Klavirni (6.7)

Eberhard Weber – Encore (6.7)

Krasnoznamonnaya Diviziya Imeni Moyey Babushki – Кики (6.7)

Chris Lightcap’s Bigmouth – Epicenter (6.7)

Jamie xx – In Colour – Preview White Label (6.7)

Iron and Wine & Ben Bridwell – Sing Into My Mouth (6.7)

6:33 – Deadly Scenes (6.7)

Magma – Slag Tanz (6.7)

Lydia Lunch Retrovirus – 3X3 (6.7)

Matana Roberts – Coin Coin Chapter Three River Run Thee (6.7)

The Decemberists – What A Terrible World, What A Beautiful World (6.7)

Purity Ring – Another Eternity (6.7)

Carey – Supermoon (6.7)

Nathan Amundson – Western Songs (6.7)

Sarah Louise – Field Guide (6.7)

Mechina – Acheron (6.7)

Keiji Haino, Jim O’Rourke & Oren Ambarchi – Tea Time For Those… (6.7)

Bayf – Bones Are Young Friends (6.7)

1099 – Young Pines (6.7)

Football, etc. – Disappear (6.7)

GFOTY & Spinee – Dog Food Mix 2 (6.7)

Jeph Jerman & Tim Barnes – Matterings (6.7)

Jordaan Mason – The Decline of Stupid Fucking Western Civilization (6.7)

Graham Lambkin & Michael Pisaro – Schwarze Riesenfalter (6.7)

Hafdis Bjarnadottir – Sounds of Iceland (6.7)

Bardo Pond – Is There a Heaven (6.7)

Adam Lambert – The Original High (6.7)

Fucked Up – Year Of The Hare (6.7)

Nicolas Jaar – Nymphs II (6.7)

Neon Indian – VEGA INTL. Night School (6.7)

Circuit des Yeux – In Plain Speech (6.7)

Jake Shimabukuro – Travels (6.7)

The Decemberists – Florasongs (6.7)

Géza Gémesi & BHKZ Academy – Hyperion’s Song of Destiny (6.7)

Caspian – Dust and Disquiet (6.7)

Rustie – EVENIFUDONTBELIEVE (6.7)

Animal Liberation Orchestra – Tangle of Time (6.7)

Boogarins – Manual, ou guia livre de dissolução dos sonhos (6.7)

Anoice – No Room Here (6.7)

Frankmusik – For You (6.7)

Deerhunter – Fading Frontier (6.7)

Florence + The Machine – How Big, How Blue, How Beautiful (6.7)

Michael Tanner – The Sussex Workings Volume 2: Drawing Down the Sun (6.7)

NAH – NURTURE (6.7)

Demi Lovato – Confident (6.7)

Minsk – The Crash & the Draw (6.7)

Young Galaxy – Falsework (6.7)

Hills – Frid (6.7)

Animal Collective – Live at 9:30 (6.7)

Zac Nelson – New Once (6.7)

Theologian – Pain of the Saints (6.7)

Unrest – Grindcore (6.7)

20 Syl – Motifs II (6.7)

Maya Vik – Beyond The Basics (6.7)

Teksti-TV 666 – 2 (6.7)

Vaghe Stelle – Abstract Speed + Sound (6.7)

Darkel – The Man of Sorrow (6.7)

Xibalba – Tierra y libertad (6.7)

Cássia Eller – O espírito do som, Vol. 1 – Segredo (6.7)

Rabit & Chino Amobi – The Great Game: Freedom From Mental Poisoning (The Purification of the Furies) (6.7)

Gorduratrans – Repertório infindável de dolorosas piadas (6.7)

Wakusei Abnormal – ココロココニ (6.7)

Ben Khan – 1000 (6.7)

Izzard – Shelter (6.7)

DJ Paypal – Buy Now (6.7)

Liar – Genesis Dubs (6.7)

Cheatahs – Cheatahs (6.7)

Anna von Hausswolff – The Miraculous (6.7)

Makaya McCraven – In the Moment (6.7)

Seirom – Sunday Rain (6.7)

Sieben – Lietuva (6.7)

Jam City – Dream a Garden (6.7)

AtOlla – Ayapaneco (6.7)

FKA twigs – M3LL155X (6.7)

Instituto – Violar (6.7)

Metá Metá – Metá Metá (6.7)

SELA. – First (6.7)

Nidia Minaj – Danger (6.7)

Solda – Trauma (6.7)

Kovtun – Androginóforo (6.7)

Nadja – BSP Live Series: 2015-14-03 Revolver, Oslo (6.7)

Velho Magia Posse – Rituaali 6666 (6.7)

Pavillon Rouge – Legio Axis Ka (6.7)

MZ.412 – Hekatomb (6.7)

Tomodachi – Segundo (6.7)

Peter Brötzmann, Keiji Haino & Jim O’Rourke – Two City Blues 2 (6.7)

Ruckazoid – Scratchgod I (6.7)

Temperance – Limitless (6.6)

Tarja Turunen – Ave Maria: En plein air (6.6)

Jeremih – Late Nights: The Album (6.6)

Leprous – The Congregation (6.6)

Barna Howard – Quite a Feelin’ (6.6)

Misþyrming – Söngvar elds og óreiðu (6.6)

Gamma Pulse – Dead But Dreaming (6.6)

Benoît Pioulard – Sonnet (6.6)

Flux Conduct – Qatsi (6.6)

Luzmila Carpio – Luzmila Carpio Meets ZZK (6.6)

TCF – NLeZ7tnzzjTXBsMtD1OO0xPEZ0MmnSKsGZA/yHfSV1gfK H+//xR9oW+uUJO4i3N0lRghdsuEoRSOKjJMZApfoA== (6.6)

Rush – R40 Live (6.6)

Hot Chip – Why Make Sense? (6.6)

Agustí Fernández, Niels Lyhne Løkkegaard & Bjørn Heebøll – Amaranth (6.6)

Bob Dylan – Shadows in the Night (6.6)

Barely Alive – Fiber Optic (6.6)

Petite Noir – The King of Anxiety (6.6)

The Crinn – Shadowbreather (6.6)

Oil Thief – Obsolescence & Monality (6.6)

William Basinski – Cascade (6.5)

Catalept – Mistakes (6.5)

Enter Shikari – The Mindsweep (6.5)

Razörschrieck – The Phantom of Mine (6.5)

Marilyn Manson – The Pale Emperor (6.5)

Ryuichi Sakamoto – Perpetual (6.5)

Scott Matthew – This Here Defeat (6.5)

Björk – Vulnicura (6.5)

Kreng – The Summoner (6.5)

Sleater Kinney – No Cities To Love (6.5)

Passion Pit – Kindred (6.5)

Babymetal – Live at Budokan – Red Night (6.5)

Max Richter – Testament of Youth OST (6.5)

Toundra – IV (6.5)

Urfaust – Apparitions (6.5)

Sevdaliza – The Suspended Kid (6.5)

Arca – Sheep (6.5)

Autokrator – Autokrator (6.5)

Gang of Four – What Happens Next (6.5)

The Prodigy – The Day Is My Enemy (6.5)

The Dead Weather – Dodge and Burn (6.5)

The Tallest Man on Earth – Dark Bird Is Home (6.5)

NHK – Program (6.5)

Sebastian Melmoth – Felix Culpa (6.5)

Courtney Barnett – Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit (6.5)

Big Blood – Double Days II (6.5)

Sufjan Stevens – Carrie and Lowell (6.5)

Jack Ü – Skrillex and Diplo Present Jack Ü (6.5)

Lil Peep – Feelz (6.5)

Twin Shadow – Eclipse (6.5)

The White Birch – The Weight of Spring (6.5)

Le Butcherettes – A Raw Youth (6.5)

Fear Factory – Genexus (6.5)

Benjamin Clementine – At Least for Now (6.5)

John Fahey – Record Plant, Sausalito CA, September 9th 1973 (6.5)

Jlin – Dark Energy (6.5)

Lower Dens – Escape From Evil (6.5)

36 Crazyfists – Time and Trauma (6.5)

Eric Church – Mr. Misunderstood (6.5)

The Soft Pink Truth – Why Pay More? – 6.5

Wiltener Sängerknaben & Johannes Stecher – Babel (6.5)

Death Grips – Jenny Death: The Powers That B Disc 2 (6.5)

Mount Eerie – Sauna (6.5)

Levon Vincent – Levon Vincent (6.5)

Therapy? – Disquiet (6.5)

The Coltranes – The Cat of Nine Tails (6.5)

Torres – Sprinter (6.5)

Speedy Ortiz – Foil Deer (6.5)

Crimewave – 66.6% (6.5)

Bee Gees – Extended (6.5)

We Have Band – The Woods (6.5)

Kiasmos – Looped (6.5)

surrenderdorothy – itsdifferentnow (6.5)

Toe – Hear You (6.5)

Hoodboi – Palm Reader (6.5)

AURORA – Running With the Wolves (6.5)

Geoff Barrow & Ben Salisbury – Ex Machina (6.5)

Local H – Hey, Killer (6.5)

Fruitpochette – The Crest of Evil (6.5)

Maxo – Chordslayer (6.5)

Lunar Mantra – Genesis (6.5)

Aesop Rock – Cat Food (6.5)

The Earth Is My Garden – Pretty, Pretty Dresses (6.5)

Atreyu – Long Live (6.5)

Lady Lamb – After (6.5)

Slayer – Repentless (6.5)

Baroness – Purple (6.5)

Omar Souleyman – Bahdeni Nami (6.5)

Dustin Kensrue – Carry the Fire (6.5)

Kris Davis Infrasound – Save Your Breath (6.5)

/F – pq:c (6.5)

Mamaleek – Via Dolorosa (6.5)

The Apartments – No Song, No Spell, No Madrigal (6.5)

Yeah Wings – Allen (6.5)

Rich Homie Quan – Summer Sampler (6.5)

Nicolas Jaar – Nymphs III – (6.5)

Dr. Dre – Compton (6.5)

Beach House – Depression Cherry (6.5)

Destroyer – Poison Season (6.5)

Zebra Katz x Leila – Nu Renegade (6.5)

ho99o9 – Horrors of 1999 (6.5)

Dark0 – Solace (6.5)

The Pains of Being Pure at Heart – Hell (6.5)

Donnie Trumpet and the Social Experiment – Surf (6.5)

Eco Virtual – ATMOSPHERES 第4 (6.5)

Arcane – Known – Learned (6.5)

Julien Héraud – Add Red (6.5)

Alexei Lubimov – Concord (6.5)

Öxxö Xööx – Nämïdäë (6.5)

Kenny Wheeler – Songs For Quintet (6.5)

Kiasmos – Swept (6.5)

Kid Antoine – Proximity (6.5)

Sam Sparro – Quantum Physical 2 (6.5)

Suishou no Fune – Wishing on a Star (6.5)

Bishops Green – A Chance to Change (6.5)

Alex G – Beach Music (6.5)

Deafheaven – New Bermuda (6.5)

Möbius – The Magic of Macabre (6.5)

Georg Hólm, Orri Páll Dýrason, Hilmar Örn Hilmarsson & Kjartan Hólm – Circe (6.5)

Manii – Skuggeheimen (6.5)

Acid Arab – Djazirat El Maghreb (6.5)

Kučka – Unconditional (6.5)

Five Star Hotel – #HOTELSEASON (6.5)

Frau Pouch & Punching Swans – Mr Insipid (6.5)

Negură Bunget – Tău (6.5)

GABI – Sympathy (6.5)

Julia Holter – Have You in My Wilderness (6.5)

Xiu Xiu – Respectful & Clean (6.5)

Violent Femmes – Happy New Year (6.5)

James Ferraro – War (6.5)

Pink Floyd – 1965 Their First Recordings (6.5)

Lucidvox – Омут (6.5)

Ihsan Al Munzer – Belly Dance Disco (6.5)

Get Inuit – 001 (6.5)

Bruno Cosentino – Amarelo (6.5)

Public Image Ltd – What the World Needs Now… (6.5)

Gnaw Their Tongues – Abyss of Longing Throats (6.5)

Negro Leo – Niños Heroes (6.5)

Aláfia – Corpura (6.5)

Bixiga 70 – Bixiga 70 (6.5)

Passo Torto & Ná Ozzetti – Thiago França (6.5)

Terrana – Terrana (6.5)

Rozwell Kid + TWIABP – Fourteen Minute Mile (6.5)

Dinamarca – Dinamarca on NTS (6.5)

Joep Beving – Solipsism (6.5)

Turzi – Condor (6.5)

Rorcal – La Femme sans Tête (6.5)

Francesco Cavaliere – Musica Virtuale ™ (6.5)

Cidadão Instigado – Fortaleza (6.5)

Zélia Duncan – Antes do mundo acabar (6.5)

Chœur de Chambre de Namur / Leonardo García Alarcón – Requiem (6.5)

Kay Hill – Tessellation A/B (6.5)

Synonyms of Torment – Leaves (6.5)

Throwing Shade – Fate Xclusive (6.5)

Michael Zerang & The Blue Lights – Songs From the Big Book of Love (6.5)

easyFun – easyMix (6.5)

Desmadrados Soldados De Ventura – Clifton Park, NY, Vol. 1 (6.5)

BEING_IT – Lotic vs. PC Music (6.5)

Bahto Delo Delo – Tagoi (6.5)

Vitor Almeida Lopes – Obrigado (6.5)

Kovtun – En vivo en Montevideo (6.5)

Burial Hex – Feasts of Silver (6.5)

Burial Hex – Feasts of Copper (6.5)

Aline Lessa – Aline Lessa (6.4)

Dutch Uncles – O Shudder (6.4)

Helio Flanders – Uma temporada fora de mim (6.4)

Punch Brothers – The Phosphorescent Blues (6.4)

Peder Mannerfelt – The Swedish Congo Record (6.4)

Elena Voynarovskaya – Тонкие травинки (6.4)

Bemônio – Desgosto (6.4)

Lorna – London’s Leaving Me (6.3)

Selah Sue – Reason (6.3)

Enya – Dark Sky Island (6.3)

Panda Bear – Crosswords (6.3)

Ryley Walker – Primrose Green (6.3)

Nao – February 15 (6.3)

Field Music – Music for Drifters (6.3)

Anekdoten – Until All the Ghosts Are Gone (6.3)

Crossfaith – Xeno (6.2)

Zbigniew Wodecki & Mitch & Mitch – 1976: A Space Odyssey (6.2)

John Luther Adams – The Wind in High Places (6.0)

Todd Terje – Preben Remixed (6.0)

Scanner – The Judgement (6.0)

Diana Krall – Wallflower (6.0)

Marduk – Frontschwein (6.0)

Scuba – Claustrophobia (6.0)

Crocodiles – Boys (6.0)

Mercury Rev – The Light in You (6.0)

Oneohtrix Point Never – Garden of Delete (6.0)

Jim O’Rourke – Simple Songs (6.0)

Animal Daydream – Easy Pleasures (6.0)

Rabit – Baptizm (6.0)

Def Leppard – Def Leppard (6.0)

Botanist – Hammer Of Botany (6.0)

Young Thug – Barter 6 (6.0)

Kid Ink – Full Speed (6.0)

Mac DeMarco – Another One (6.0)

Horyzon – Horyzon (6.0)

Tribulation – The Children of the Night (6.0)

Afogado e Oprimido – EP (6.0)

The I.L.Y’s – I’ve Always Been Good at True Love (6.0)

The Coneheads – L.P.1.: “14 Year Old High School PC-Fascist…” (6.0)

David Wahler – Spiritus (6.0)

Emanuele Maniscalco – From Solesmes to Solanas (6.0)

Nick Shutter – Sustain (6.0)

Siba – De Baile Solto (6.0)

Sun Kil Moon – Universal Themes (6.0)

Of Monsters and Men – Beneath the Skin (6.0)

Cathy Krier – Piano 20th Century (6.0)

Archy Marshall – A New Place 2 Drown (6.0)

Xiu Xiu w/ Mantra Percussion – Extinction Meditation (6.0)

Empress Of – Me (6.0)

Barely Alive & Astronaut – Rivals (6.0)

Füxa & Neil Mackay – Apollo Soyuz (6.0)

Headless Horseman – Headless Horseman 006 (6.0)

Novelist x Mumdance – 1 Sec (6.0)

Fvnerals – The Path (6.0)

Nmesh – Sparks! (6.0)

Wes Tirey – Concerning the Disputed Photograph of Crazy Horse (6.0)

Earl Sweatshirt – Solace (6.0)

_________________

Top 100 – EPs

  1. nothing,nowhere. – Bummer – 8.5
  2. Oneirogen – Plenitude (8.5)
  3. Zachariah Holte – Press / Promotional (8.5)
  4. Tropic of Cancer – Stop Suffering (8.0)
  5. Young Knives – Something Awful (7.7)
  6. Triste L’Hiver – Faire un geste (7.7)
  7. 36 – Pulse Dive (7.5)
  8. surrenderdorothy – itsthethoughtthatcounts (7.5)
  9. Conrad Sewell – All I Know (7.5)
  10. William Fitzsimmons – Pittsburgh (7.5)
  11. $uicideboy$ – I No Longer Fear the Razor Guarding My Heel (7.5)
  12. Violeta Päivänkakkara – Melodia (7.5)
  13. Celestial Trax – Vaxxilate (7.5)
  14. Birds in Row – Personal War (7.4)
  15. Seirom – Mesmerized (7.0)
  16. Lolina – RELAXIN’ With Lolina (7.0)
  17. Danny L Harle – Broken Flowers (7.0)
  18. Muse – Live at Köln (7.0)
  19. Snöhamn – Stjärnvandra (6.9)
  20. Feral – Relay (6.9)
  21. Clark – Flame Rave (6.9)
  22. Heinali – A Wave Crashes (6.9)
  23. Ruptured Birth – Arachni Supremacy (6.9)
  24. Communions – Communions (6.9)
  25. Neurocore – The Magellan Chronicles (6.9)
  26. Feijão Coletivo – Feijão coletivo (6.9)
  27. We Watch Clouds – Unclassified (6.9)
  28. Pyrrhon – Growth Without End (6.9)
  29. Låpsley – Understudy (6.9)
  30. Atomization & Rot in Space – Orbital Bombardment (6.9)
  31. Rafael Anton Irisarri – Will Her Heart Burn Anymore (6.9)
  32. Bones – SoThereWeStood (6.9)
  33. The New Division – Eyes (6.9)
  34. Ne Obliviscaris – Sarabande To Nihil (6.9)
  35. Allie X – CollXtion I (6.9)
  36. Cuushe – Night Lines (6.9)
  37. Cheatahs – Murasaki (6.9)
  38. Sevdaliza – Children of Silk (6.9)
  39. Forndom – Flykt (6.9)
  40. Allie X – Catch (6.9)
  41. No Form – No Form (6.9)
  42. Tim Buckley – Newport ’68 (6.9)
  43. Liniker – Cru (6.9)
  44. Iron & Wine – Archive Series Volume No. 2 (6.9)
  45. The Furrow Collective – Blow Out the Moon (6.9)
  46. Shadow Age – Silaluk (6.9)
  47. Wet Petals – Wet Petals (II) (6.9)
  48. Triste L’Hiver – Nouveau décret (6.9)
  49. Bologna Violenta / Dogs For Breakfast – BV/DFB Split (6.9)
  50. 124C41+ – EP (6.9)
  51. easyFun – Deep Trouble (6.9)
  52. Esquizophanque – Trio Elétrico Fantasma (6.9)
  53. Celestial Trax – Ride or Die (6.9)
  54. 36 – Sine Dust (6.9)
  55. In Media Res – Quindecim (6.9)
  56. Birds in Row & WAITC – Birds in Row & WAITC (6.9)
  57. Mr One Hundred – Calypso Fugitive (6.9)
  58. Ulaan Passerine – Light in Dust (6.9)
  59. Los – If It All Comes Down to This I’m Not Ready (6.9)
  60. AtOlla – Lucille (6.9)
  61. Forró RED Light – Regional digital lumiado (6.9)
  62. Baleia – Ao vivo no Maravilha8 (6.9)
  63. Ainslie Wills – Oh the Gold (6.9)
  64. The Pop Group – Versions Galore (6.9)
  65. Monochaotique – Perceptions & Delusions (6.9)
  66. Balance Interruption – Morbid Soul Shelter (6.8)
  67. Aphex Twin – Computer Controlled Acoustic Instruments Pt2 (6.8)
  68. Iglew – Urban Myth (6.8)
  69. Al-Namrood – Ana Al Tughian (6.8)
  70. Youth Funeral – See You When I See You (6.8)
  71. Empyrium – The Mill (6.8)
  72. Ólafur Arnalds & Nils Frahm – Loon (6.8)
  73. Zuriaake – Gu Yan (6.8)
  74. Grimoire – L’aorasie Des Spectres Rêveurs (6.8)
  75. Hexis – MMXIV A.D. IV KAL. IVN. (6.8)
  76. Yumi Zouma – EP II (6.8)
  77. Winter Willow – Low (6.8)
  78. Legowelt – Anaconda Flow (6.8)
  79. Robert Plant – More Roar (6.8)
  80. ALPI – Rawling (6.8)
  81. Odraza ‎– Kir (6.8)
  82. Different Heaven – Spanish Sikh (6.8)
  83. Foo Fighters – Saint Cecilia (6.8)
  84. Guerilla Toss – Flood Dosed (6.8)
  85. Triste L’Hiver – I am Forever Dream (6.8)
  86. My Sad Captains – Extra Curricular (6.8)
  87. Aden – Tanz (6.8)
  88. Celestial Trax – Stargate (6.8)
  89. Cadáver em Transe – Cadáver em transe (6.8)
  90. Vitor Almeida Lopes – Lara Kraft (6.8)
  91. Jamie xx – In Colour – Preview White Label (6.7)
  92. Football, etc. – Disappear (6.7)
  93. Lydia Lunch Retrovirus – 3X3 (6.7)
  94. Fucked Up – Year Of The Hare (6.7)
  95. Nicolas Jaar – Nymphs II (6.7)
  96. The Decemberists – Florasongs (6.7)
  97. Anoice – No Room Here (6.7)
  98. NAH – NURTURE (6.7)
  99. S. Carey – Supermoon (6.7)
  100. 20 Syl – Motifs II (6.7)

_____________

Menções Honrosas

Teksti-TV 666 – 2 (6.7)

Vaghe Stelle – Abstract Speed + Sound (6.7)

Darkel – The Man of Sorrow (6.7)

Wakusei Abnormal – ココロココニ (6.7)

Ben Khan – 1000 (6.7)

Bardo Pond – Is There a Heaven (6.7)

Sieben – Lietuva (6.7)

Maya Vik – Beyond The Basics (6.7)

Gorduratrans – Repertório infindável de dolorosas piadas (6.7)

Izzard – Shelter (6.7)

DJ Paypal – Buy Now (6.7)

Liar – Genesis Dubs (6.7)

Cheatahs – Cheatahs (6.7)

AtOlla – Ayapaneco (6.7)

Seirom – Sunday Rain (6.7)

FKA twigs – M3LL155X (6.7)

Metá Metá – Metá Metá (6.7)

SELA. – First (6.7)

Nidia Minaj – Danger (6.7)

Solda – Trauma (6.7)

Ruckazoid – Scratchgod I (6.7)

Luzmila Carpio – Luzmila Carpio Meets ZZK (6.6)

TCF – NLeZ7tnzzjTXBsMtD1OO0xPEZ0MmnSKsGZA/yHfSV1gfK H+//xR9oW+uUJO4i3N0lRghdsuEoRSOKjJMZApfoA== (6.6)

Barely Alive – Fiber Optic (6.6)

Petite Noir – The King of Anxiety (6.6)

Catalept – Mistakes (6.5)

Urfaust – Apparitions (6.5)

Sevdaliza – The Suspended Kid (6.5)

The Coltranes – The Cat of Nine Tails (6.5)

Crimewave – 66.6% (6.5)

Bee Gees – Extended (6.5)

We Have Band – The Woods (6.5)

Kiasmos – Looped (6.5)

surrenderdorothy – itsdifferentnow (6.5)

Hoodboi – Palm Reader (6.5)

AURORA – Running With the Wolves (6.5)

Maxo – Chordslayer (6.5)

Lunar Mantra – Genesis (6.5)

Rich Homie Quan – Summer Sampler (6.5)

Nicolas Jaar – Nymphs III – (6.5)

Zebra Katz x Leila – Nu Renegade (6.5)

ho99o9 – Horrors of 1999 (6.5)

Dark0 – Solace (6.5)

The Pains of Being Pure at Heart – Hell (6.5)

Kiasmos – Swept (6.5)

Kid Antoine – Proximity (6.5)

Sam Sparro – Quantum Physical 2 (6.5)

Manii – Skuggeheimen (6.5)

Acid Arab – Djazirat El Maghreb (6.5)

Frau Pouch & Punching Swans – Mr Insipid (6.5)

Kučka – Unconditional (6.5)

Rozwell Kid + TWIABP – Fourteen Minute Mile (6.5)

Violent Femmes – Happy New Year (6.5)

James Ferraro – War (6.5)

Pink Floyd – 1965 Their First Recordings (6.5)

Lil Peep – Feelz (6.5)

Lucidvox – Омут (6.5)

Ihsan Al Munzer – Belly Dance Disco (6.5)

Get Inuit – 001 (6.5)

Aesop Rock – Cat Food (6.5)

Turzi – Condor (6.5)

Synonyms of Torment – Leaves (6.5)

Throwing Shade – Fate Xclusive (6.5)

Vitor Almeida Lopes – Obrigado (6.5)

Kovtun – En vivo en Montevideo (6.5)

Burial Hex – Feasts of Silver (6.5)

Burial Hex – Feasts of Copper (6.5)

Panda Bear – Crosswords (6.3)

Nao – February 15 (6.3)

Novelist x Mumdance – 1 Sec (6.0)

Todd Terje – Preben Remixed (6.0)

Animal Daydream – Easy Pleasures (6.0)

Rabit – Baptizm (6.0)

Botanist – Hammer Of Botany (6.0)

Mac DeMarco – Another One (6.0)

Horyzon – Horyzon (6.0)

Afogado e Oprimido – EP (6.0)

Barely Alive & Astronaut – Rivals (6.0)

Headless Horseman – Headless Horseman 006 (6.0)

Fvnerals – The Path (6.0)

Nmesh – Sparks! (6.0)

Wes Tirey – Concerning the Disputed Photograph of Crazy Horse (6.0)

Earl Sweatshirt – Solace (6.0)

Deixe um comentário